As desigualdades sociais e a Educação a Distância

Re: As desigualdades sociais e a Educação a Distância

de Juliana Brandao Machado -
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Oi, Denise!

Fico feliz que tenhas participado e que as discussões propostas tenham sido pertinentes ao contexto que estamos vivendo. Tem sido um desafio para mim encontrar pontos potentes para a produção e discussão neste momento de tamanha incerteza.

Em relação a tua pergunta, especificamente, penso que a alternativa primeira do curso a distância é o espaço do polo presencial. Ele não pode deixar de ser disponibilizado porque é uma premissa da EAD. Ainda assim, nem sempre é suficiente, especialmente porque às vezes há uma dificuldade de deslocamento até esse lugar. Em algumas experiências que tive na UFRGS, foram construídas estratégias para estudantes que moravam longe do polo, tais como: oportunidade de realizar as atividades fora do ambiente e postar no momento da aula presencial; organização de um calendário de prazos comum em diferentes componentes curriculares (para evitar que a cada dia o estudante tenha que ir ao polo, se não tem acesso); buscar outras formas de registro que possam ser construídas sem o computador (por exemplo, um vídeo, podcast, que possa ser feito pelo celular, por exemplo).

No componente curricular de OTP, que trabalhei  no nosso curso, um dos trabalhos de avaliação foi realizado em outras formas de texto, que não o escrito. O critério era que deveriam usar imagem e som como formas principais para comunicar a reflexão. O resultado foi de muita qualidade! E assim também vamos construindo outras experiências formativas próprias de uma cultura digital, que não sejam apenas uma transposição da cultura escolar presencial. 

Mas certamente temos uma questão que é a de políticas de infra-estrutura para a realização da EAD, que temos que sempre cobrar e ficar atentos.

Espero ter contribuído com a tua problemática!
Abraço!
Juliana